sábado, 22 de outubro de 2011

Critérios para o diagnóstico e tratamento estável da mordida aberta anterior


Sem dúvida, um dos assuntos mais pertinentes e um dos maiores desafios clínicos de todo Ortodontista.

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Autores: Alderico Artese, Stephanie Drummond, Juliana Mendes do Nascimento, Flavia Artese. (Departamento de Ortodontia – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ)

O termo “mordida aberta” foi utilizado pela primeira vez por Caravelli, em 1842, como uma classificação distinta de má oclusão, a qual pode ser definida de formas diferentes.

Consideramos a mordida aberta anterior (MAA) como a ausência de contato incisal dos dentes anteriores em relação cêntrica.


O equilíbrio entre as forças dos lábios e língua (setas), permitindo o contato incisal dos dentes anteriores e, por conseguinte, o estabelecimento de uma sobremordida normal.


Considerações finais do artigo:

- A dificuldade na obtenção de resultados estáveis para a correção da MAA pode ser justificada a partir do desconhecimento de sua verdadeira etiologia. A postura da língua em repouso não é muito considerada nos tratamentos da MAA. Algumas evidências sugerem que a postura da língua pode ser um dos mais importantes fatores etiológicos da MAA. Portanto, ela deve ser analisada e tratada quando é anormal.

- Não existe apenas uma posição de repouso de língua, ela pode se posicionar de forma mais alta ou mais baixa, gerando mordidas abertas com diferentes características morfológicas e severidades. A partir dessas características o tratamento é escolhido, podendo ser impedidor ou direcionador da língua. Uma vez corrigida a postura da língua, o fator etiológico é debelado e a estabilidade do tratamento garantida.

- Os estudos clínicos sobre MAA são, em geral, modelos experimentais de caso-controle com amostras pequenas e ausência de grupo controle. Isso faz com que as informações que se têm sobre essa má oclusão sejam incompletas e, portanto, inconclusivas. Mais estudos devem ser realizados, principalmente reavaliando a postura da língua e o aspecto do crescimento hiperdivergente da face como fator etiológico da MAA.

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