terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Comparação entre duas diferentes técnicas para a correção precoce da Classe III


Existem tantos aparelhos disponíveis para o tratamento da Classe III em idade precoce (pré-surto puberal).

Entretanto, quais seriam os efeitos dentários e esqueléticos dos mais conhecidos e utilizados?

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Autores: J. Seehra; P. S. Fleming; N. Mandall; A. T. DiBiase (Escola Real de Odontologia de Londres, Londres)

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A correção precoce da maloclusão de Classe III permanece um complexo desafio. Abordagens interceptativas incluem dispositivos fixos, dispositivos removíveis, mentoneira, máscara para protração maxilar e sistemas de ancoragem esquelética.

Desfechos encorajadores tem sido reportados com o uso de aparelhos funcionais reversos, incluindo o FR-III (Frankel) e o Twin-block reverso (Figura 1) para tratar a Classe III.

Loh e Kerr (1985) reportaram sucesso na correção do desenvolvimento da maloclusão de Classe III com o aparelho FR-III. Os efeitos do tratamento relatados foram: média de projeção de incisivos superiores (1,8˚), retro-inclinação de incisivos inferioes (2,3˚), e mudança do ANB (2˚). Os dados desse trabalho levaram a uma conclusão que o sucesso foi conseguido principalmente por compensações dento-alveolares e rotação da mandíbula.

Kidner et al. (2003) mostraram que a maioria das mudanças induzidas pelo aparelho Twin-block reverso foram: média de projeção de incisivos superiores (5,5˚), retro-inclinação de incisivos inferioes (4,5˚), e mudança do ANB (1,3˚).

A máscara de protração maxilar é comprovadamente popular por sua habilidade de modificar o crescimento dento-facial. Ngan et al. (1998) relataram uma média de aumento do overjet em 5,5 mm e de protração maxilar de 2,2 mm. A correção da relação incisal foi mantida em 90% dos indivíduos 12 meses após o tratamento.

A estabilidade a longo prazo desses casos tratados revela a presença de um contínuo crescimento favorável. Já nas amostras com casos não tratados o que ocorre é uma tendência à piora da maloclusão de Classe III com o aumento da idade e durante a fase de crescimento pós-puberal.

O objetivo do estudo foi comparar as mudanças dento-alveolares e esqueléticas ocorridas durante o uso do aparelho Twin-block reverso, a máscara de protração maxilar e um grupo não-tratado.

Figura1. Aparelho Twin-block reverso.

Conclusões:

- A máscara de protração maxilar e o aparelho Twin-block reverso foram efetivos no tratamento precoce da maloclusão de Classe III. Entretanto, a estabilidade a longo prazo desse efeitos do tratamento foi influenciada pelo crescimento favorável;

- Os efeitos primários do aparelho Twin-block reverso são dentários, caracterizados por uma projeção de incisivos superiores e retro-inclinação de incisivos inferiores, com mínimos efeitos esqueléticos;

- Entretanto, um avanço maxilar significante e menores mudanças dentárias ocorreram no grupo que utilizou a máscara de protração maxilar.

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