segunda-feira, 30 de julho de 2012

Entrevista - Dr. Hugo J. Trevisi

Considero muito importante o aprendizado diário. No último fim de semana tive a felicidade de conhecer um pouco mais sobre o "arco reto", o já conhecido aparelho pré-ajustado. Confesso que as diferentes filosofias são muito interessantes e o pouco que pude perceber  (e aprender) só me motivou a estudar ainda mais sobre as outras prescrições e suas filosofias. Meu muito obrigado, especialmente, pela aula ao Dr. André Trevisi.

Apreciem a entrevista abaixo e conheçam um pouco sobre a Filosofia de Tratamento MBT!

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Dr. Hugo J. Trevisi


Podemos afirmar que o professor Hugo J. Trevisi é um dos principais, ou senão o principal responsável pela introdução e desenvolvimento da técnica ortodôntica com aparelhos pré-ajustados no Brasil. Nas décadas de 80 e 90, o professor Trevisi coordenou inúmeros cursos para brasileiros, nos Estados Unidos, enfocando a técnica Straight Wire, divulgando e preparando, nesse campo, muitos professores patrícios. Dessa aneira, a técnica com aparelhos pré-ajustados teve condições de desenvolver-se, no Brasil, de maneira significativa.


Selecionei duas das perguntas da entrevista do Dr. Hugo Trevisi na Revista Dental Press:

Qual o conselho o senhor daria à nova geração de ortodontistas brasileiros? 
O conselho que dou à nova geração de profissionais é que tenham formação profissional com 
embasamento científico, enfocando o conhecimento prático de técnicas ortodônticas reconhecidas internacionalmente.


Que conselhos o Sr. daria para os ortodontistas que desejam atingir o seu nível de finalização do tratamento ortodôntico? 
Independentemente do diagnóstico e do plano de tratamento, para finalizar um tratamento ortodôntico com êxito é importante saber que a Ortodontia aplicada no paciente faz-se com braquetes e tubos bucais em igual importância, sendo primordial que o ortodontista atenha-se a dois fatores básicos: 1) Utilizar técnicas ortodônticas que apresentem bons recursos técnicos e científicos. 2) Esmerar-se no posicionamento de bráquetes, utilizando a técnica de posicionamento individualizado de bráquetes.

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Faça o download da entrevista completa (pdf) neste link:

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tratamento da Má Oclusão de Classe II com Extração de Pré-Molares Superiores

Há algumas semanas eu não postava um artigo novo aqui para vocês se atualizarem, peço desculpas! 
Abaixo um artigo sobre uma das possibilidades do tratamento da maloclusão de Classe II de Angle, uma das maloclusões mais comuns em nossos consultórios, caso você seja brasileiro.
Boa leitura!

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Autores: Adriano César Trevisi Zanelato, Reginaldo César Trevisi Zanelato, André Trevisi Zanelato, Mércia Dantas Wu, João Coimbra.

A má oclusão de Classe II está presente em aproximadamente 40% da população e, a sua correção representa um desafio para os ortodontistas. Diversos mecanismos podem ser utilizados para a correção desta má oclusão como: aparelhos ortopédicos, distalizadores, elásticos intermaxilares de Classe II, extrações de quatro pré-molares ou apenas dois pré -molares superiores, extrações de segundos molares e até mesmo cirurgias ortognáticas, em casos extremos.

O tratamento ortodôntico realizado com extração somente de pré-molares superiores, para a camuflagem da Classe II, necessita de um protocolo de tratamento preciso e eficiente, atentando para o controle de ancoragem, além de ser necessário o completo conhecimento do aparelho ortodôntico utilizado para a obtenção de um ajuste ideal no final da mecânica ortodôntica com os molares posicionados em Classe II.

(Classe II - Divisão II)

Conclusões

O tratamento da má oclusão de Classe II com extrações de pré-molares superiores, deve apresentar o arco dentário inferior estável e uma relação intermaxilar em Classe II significativa. Cabe ao profissional muita destreza no controle da ancoragem posterior superior e habilidade na retração dos dentes anteriores superiores.


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Cirurgião-dentista (UFES) e Especialista e Mestrando em Ortodontia (UERJ)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Retratamento ortodôntico

Há 10 anos, um amigo escreveu um texto sobre retratamento ortodôntico.
Pedi a ele que eu pudesse publicá-lo em meu Blog, pois considero palavras que devem ganhar o mundo e chegar a todos profissionais Especialistas em Ortodontia, bem como aos pacientes. Apesar do tempo em que foram escritas, são ideias muito atuais.

Obrigado Dr. Carlos Alexandre Câmara pela permissão da divulgação de tão importante conteúdo. Desde já, parabéns pelas belas palavras, sentimo-nos muito bem representados!

Sugiro que conheçam (e curtam) as páginas desenvolvidas por ele para o Facebook: 


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Colocar aparelho ortodôntico nem sempre é o mesmo que fazer tratamento ortodôntico. Achar que o simples fato de usar pequenas peças metálicas presas aos dentes corresponde ao tratamento do mau posicionamento dos dentes é uma maneira simplista e porque não dizer inocente de encarar os fatos. Corrigir a má oclusão (mau posicionamento dos dentes e dos ossos da face) requer aprofundado conhecimento científico e prático, onde só um especialista com alguns anos de experiência e dedicação estará habilitado a interceder nos específicos problemas dentais e faciais. Sendo assim, surgem algumas dúvidas que deveriam ser elucidadas. 


O que será que leva uma pessoa a achar que é simples um tratamento ortodôntico? 


Será que essas pessoas sabem que o movimento do dente se dá dentro do osso devido a uma finíssima membrana, chamada membrana periodontal, que tem a espessura de uma folha de papel? E que a força exercida sobre o dente não necessita ser superior a 50g, isto é, uma força muito delicada? Onde o excesso de força poderá trazer prejuízos irreparáveis para os dentes e as estruturas de suporte como osso e membrana periodontal, sem falar nos efeitos altamente nocivos que a movimentação de um dente na direção errada poderá causar para os músculos e articulações da face.


Será que essas pessoas acham realmente fácil o diagnóstico das más oclusões, situação esta que envolve um intricado e complexo de variáveis, que vão desde o posicionamento dos ossos faciais nos três sentidos do espaço até o mau posicionamento individual de cada dente que pode se deslocar em seis direções? O que faz um indivíduo confiar a sua saúde bucal a um profissional que não foi treinado adequadamente para exercer a especialidade de Ortodontia, que necessita pelo menos de dois anos intensivo de treinamento em cursos reconhecidos pelo Conselho Federal de Odontologia, sem contar com os cinco anos necessários para se formar em Odontologia, ou seja, ao total são sete anos para se tornar um especialista em Ortodontia?


Como pode alguém confiar no conhecimento e habilidade de um profissional que não esteja qualificado o suficiente para colocar um aparelho que é composto de pequenos acessórios que necessitam de precisão milimétrica, e que o mau posicionamento com erro de poucos graus pode provocar movimentação dentária totalmente indesejável? E que a correção deste problema dentário pode ser um grande problema?



(Dr. Carlos Alexandre Câmara)


Infelizmente, algumas pessoas ainda não se questionaram a respeito dos riscos de um tratamento ortodôntico mal feito, e com freqüência tem sido vítimas dos seus efeitos nocivos. Nesses casos, a única solução é o retratamento. Este “novo” tratamento visa a recuperação do mal causado e se possível a completa resolução do problema. As dificuldades encontradas nessas situações são muitas. Isto faz com que esta modalidade de tratamento torne-se mais cara, e algumas vezes mais demorada que o tempo convencional de um tratamento ortodôntico. Afinal de contas, para se reparar o dano causado pode ser necessário intervenções que não estavam previstas no início do tratamento, tais como, extrações dentárias, ou até mesmo, cirurgia ortognática.

Por incrível que pareça o retratamento já virou rotina no consultório de profissionais sérios. A procura por essa modalidade de tratamento tem crescido de forma exponencial, haja vista, que a proliferação de clínicas que anunciam a colocação de aparelhos ortodônticos como uma simples mercadoria também tem crescido na mesma proporção. O fato de serem oferecidos preços muito baixos para esse tipo de tratamento já deveria ser motivo de desconfiança. Afinal, todo tratamento deveria ser feito de forma individualizada. Sendo assim, quando se procura aumentar o volume de pacientes de forma desenfreada, visando apenas o retorno financeiro, quem sairá prejudicado será o paciente. Muitas vezes, o sonho de ter dentes bonitos e alinhados poderá ser postergado, ou até mesmo destruído, quando profissionais incapacitados resolvem fazer aquilo que não sabem, visando apenas o lucro.

Deve ficar bem claro que não é apenas o preço de um tratamento ortodôntico que deve ser levado em consideração. Muito mais importante que o preço é a capacidade do profissional e a sua reputação. O seu respeito pelos seus pacientes e a sua experiência também são itens fundamentais a serem reparados. Afinal de contas, ninguém quer ser submetido a um retratamento ortodôntico, onde auto-estima, auto-imagem, tempo e dinheiro estarão sempre envolvidos. Sem falar na destruição de um “sonho”.



Ortodontista

Diretor do Colégio dos Diplomados do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial



(Texto originalmente escrito para o Jornal Tribuna do Norte - Natal - RN)


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* Neste link, um dos excelentes artigos escritos pelo Dr. Carlos Alexandre Câmara - Estética em Ortodontia - As 6 linhas horizontais do sorrisohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-94512010000100014

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