sexta-feira, 11 de março de 2011

Desenvolvimento de uma medida de qualidade de vida específica para pacientes com deformidades de Classe II: Validação do questionário


Como saber se estamos fazendo bem às pessoas com a nossa profissão?
O que realmente muda na vida delas?

.:.

Autores: Susan J. Cunningham; Andrew M. Garratt; Nigel P. Hunt. (Universidade de Londres / Universidade de Oxford, Reino Unido)
Referências: Community Dent Oral Epidemiol., n.30,  p.81–90, 2002.

As medições de qualidade de vida na área da saúde tem evoluído rapidamente. Afinal, cerca de 1000 novos artigos são publicados por ano sobre esse assunto.
A evolução das intervenções e procedimentos na área de saúde, compreensivamente, requer medições dos desfechos tanto para o paciente, quanto para o clínico. Os dois gostariam de saber, por exemplo, se os sintomas são reduzidos após a intervenção realizada.
Um conceito, relativamente novo na Odontologia, é entender o indivíduo como um todo. Não tratar apenas a boca do paciente, separando-a do corpo.

Há duas formas básicas de se mensurar as mudanças na qualidade de vida do paciente: através de instrumentos genéricos (que podem, por exemplo, detectar efeitos adversos) e instrumentos específicos (capazes de detectar mais sensivelmente mudanças clínicas importantes em determinada doença).
Os questionários são, geralmente, desenvolvidos originalmente para o uso em populações restritas.
Entre os questionários utilizados atualmente, encontrados na literatura, está o OHIP (Perfil de Impacto na Saúde Oral), utilizado para perceber nos pacientes o impacto social das maloclusões.
Os tratamentos orto-cirúrgicos, frequentemente, pretendem melhorar a qualidade de vida do paciente. O questionário utilizado nesses pacientes, que são, muitas vezes, jovens, é o Questionário de Qualidade de Vida Ortognático.
O objetivo desse trabalho foi testar e validar esse questionário.

Resultados:
Quanto maior a coluna, pior a qualidade de vida dos pacientes, considerando: aspectos sociais, dentários, funcionais e estéticos.

Conclusões:
- De uma amostra de 65 pacientes, 62 pacientes responderam o questionário e foram utilizados para a validação, comprovando uma alta taxa de aceitação desse por parte dos pacientes.
- O estudo mostrou uma boa evidência para validação e reprodutibilidade do questionário estudado.
- Os resultados da pesquisa apóiam as sugestões de que a deformidade dento-facial afeta a qualidade de vida do paciente e que o tratamento orto-cirúrgico pode melhorá-la.

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